As economias mais fracas são mais lentas na eletrificação do parque automóvel dos seus países. A conclusão é da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).
A associação comparou os dados nacionais das vendas de veículos carregáveis eletricamente (VCE) com o PIB per capita nos estados-membros da União Europeia em 2018 e concluiu que todos os países com uma quota de mercado de VCE inferior a 1% cento – ou seja, metade de todos os estados-membros da UE – têm um PIB per capita inferior a 29 mil euros.
Na Letónia, por exemplo, foram apenas vendidos 93 veículos elétricos no ano passado, e a Polónia tem a menor quota de ECV da UE, de apenas 0,2%.
No sentido contrário, os mercados em que os VCE têm uma quota superior a 3,5% são os países com um PIB superior a 42 mil euros, como Finlândia, Países Baixos e Suécia.
Para a ACEA, infraestruturação e incentivos são pontos-chave para mudar esse cenário.
“Além de investir na infraestrutura de recarga, os governos da UE precisam de criar incentivos significativos e sustentáveis para estimular mais consumidores a mudarem para a eletricidade”, considera o secretário-geral da ACEA, Erik Jonnaert.
As instituições da UE aprovaram recentemente o novo regulamento sobre o CO2 para automóveis de passageiros, estabelecendo metas de redução de 15% e 37,5% para 2025 e 2030, respetivamente. Essas metas seguirão a meta de 95 g de CO2/km para o ano de 2021, definida em 2013.